sábado, 13 de julho de 2013

Contigo, Monólogo

Não feches teus olhos - não invadas meus domínios!
Com as migalhas que achares, sova teu pão!
Com as  libações que afanares, embebeda-te!
Com os olhares que roubares, satisfaze-te!

Não te queixes de noite - não perturbes meu sono!
Com as lágrimas que derrubares, banha os corpos!
Com as palavras que pesares, abençoa-te!
Com os sonhos que sonhares, consola-te!

Não te estranhes do rumo - não conheces meus olhos!
Com os feitos que deixares, alcança-me!
Com obras que questionares, realça-me!
Com lembranças que esqueceres, aviva-me!

Não feches as mãos nem cala a boca!
Fecha a boca e cala tuas mãos!
Abra teus olhos, viva de noite.

O rumo é estranho

Nenhum comentário:

Postar um comentário