sábado, 5 de novembro de 2011

Enquanto isso...

Hoje em dia digo que finalmente concordo com Emily. O amor é anterior ao tempo e sempre o ultrapassa.
Algumas horas de um dia ensolarado já fazem dias e dias escuros ficarem muito longe na lembrança. Algumas horas de amor parecem ao alcance do lembrar sem se esforçar, mesmo estando separadas do presente por dias inteiros. As últimas palavras sussurradas ao pé do ouvido ficam tão claras que não parece que todo o barulho do mundo passou pelas orelhas há tão pouco tempo.
Por isso arrisco dizer que entendo a Emily... O tempo deve tão pouco ao amor. O que é o tempo para o amor? Ah, tempo, levas pessoas, levas famílias inteiras, mas não podes mover um pouco que seja um sentimento. Mudam-se os sentimentos, mas não por tua força imponderável.
Lembrai, lembrai, o povo já fala: o tempo ri de nós, mas o amor ri do tempo.

"LOVE is anterior to life,
Posterior to death,
Initial of creation, and
The exponent of breath."
-- Emily Dickinson

E, sempre, para mim e para quem ama: Cada coisa ao seu tempo.

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