domingo, 14 de abril de 2013

"Busque Amor novas artes, novo engenho, 
para matar me, e novas esquivanças; 
que não pode tirar-me as esperanças, 
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho! 
Vede que perigosas seguranças! 
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde 
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto 
um não sei quê, que nasce não sei onde, 
vem não sei como, e dói não sei porquê."

-- Luís de Camões




Entendo perfeitamente bem. Compreendo o que aconteceu. Toda morte agoura uma nova vida, toda estação que se fecha está sendo seguida por outra.
E o sol para sempre seguirá nascendo toda vez que morrer quando começa a noite. Que dizer, então, quando o segundo sol chegar?


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