sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

::: Enquanto isso

Há quem chame de lixo cultural, mas adoro o Pretinho Básico. (http://wp.clicrbs.com.br/pretinhobasico/). Para o lixo intelectual que acredita em lixo cultural , favor ignorar.

Hoje escutei na rádio uma das convidadas do programa, a ilustríssima Rodaika, manifestar seu terror diante da degeneração intelectual dos adolecentes modernos. Meu psicológico tipo Peter-Pan ainda me inclui nas camadas adolecentes, mesmo sendo maior de idade e etc.
Em suma, a Rodaika pontuou como os jovens vivem cada vez mais para o mundo virtual/irreal do computador e cada vez menos no mundo real. A maioria dos jovens plugados, segundo a crença dela, usa a internet para relacionamentos (para o Orkut e além), e mesmo os que usam para informação estão se degenerando. Isso porque ela disse (e é algo com que agora concordo) que a pesquisa de um jovem hoje é diferente da pesquisa de alguém que já está formado e inserido no mercado de trabalho. O jovem hoje não se preocupa com os estudos, com a carreira, com as necessiades que o mercado de trabalho exigirá dele, com seu futuro. O tempo que passa no mundo virtual é do ponto de vista prático muitas vezes inútil (embora por outro lado eu acredite que conhecimento nunca é demais. Falar de conhecimento sim.), pois esse jovem não estará pronto, maduro o suficiente, quando tiver que simplesmente viver.

A chamada geração Y que passou por algumas revistas e está em pauta agora na psicologia do trabalho é qualificada como egoísta, do tipo que não se adequa às necessidades exteriores, ao invés disso busca um lugar no qual sinta que o sentido de estar ali é visível. Bem, sou anti-tendências-de-revistas-e-afins, mas se o pensamento das gerações para o trabalho e sociedade está realmente se encaminhando para esse lugar é uma boa oportunidade de sentar e discutir até que ponto o avanço tecnológico é realmente positivo (coisa que não fizeram com coragem quando estouraram a bomba atômica lá no Japão).
O avanço tecnológico e o uso da internet voltados para o consumo são desperdício de vida. Se voltados para benefícios próprios, que muitas vezes não voltam para a sociedade, são vaidade dos sábios de muita teoria e pouca prática.

Há diferença entre usar as oportunidades hoje após tomar as decisões da vida ou usar antes em detrimento da tomada dessas decisões. Vai que isso resulta em uma leva de pessoas imaturas e inconsequentes que não sabem resolver problemas nem planejar o futuro? Do jeito que o mundo está, é capaz de piorar.
Claro, graças aos Deuses não somos a mesma geração pós-guerra, não cultuamos a cultura hippie e nem bipolarizamos o mundo. Mas se o passado serve para alguma coisa, é para saber o que não deve ser feito.

Um comentário:

  1. desculpa cara, mas não li, pois ignorei a postagem. hahaha
    PB? so so né?
    quanto à geração Y (eu e vc estamos nela?)
    há casos e casos, né. Há os viciados e há outros como eu, que são viciados, mas também usam seu cerébro para outras cositas. (humm, inverossimilhança total, mas enfim)
    é como disse Freud (ou foi o Graça Aranha?) em um de seus livros (eu que traduzi): "o homem está sempre em busca de outras realidades para satisfezer seus desejos ocultos, que acabam não sendo cumpridos, pois logo esse mesmo homem aliena esses desejos para uma outra realidade, ainda mais abaixo (6)haha, ainda mais longe."

    bjo, nego

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