Engoliria todas as facas deste reino para que não tivesses nada para passar nos pulsos além de rosas disfarçadas com espinhos;
Beberia todo o veneno que azeda este reino para que nada além de um pouco de água e talvez uns goles de vinho pudessem guardar-lhe em paz a garganta cansada já de dizer que me ama;
Sim, eu o digo. Eu o faria. Ser forrado de aço por dentro e entorpecido até as veias de veneno, se em algo ajudasse, seria minha segunda maior e mais derradeira vontade.
Preciso sair das sombras que não me queimam a pele, preciso deixar a catacumba onde me escondo, preciso dizer olá ao dragão que me serve ou descer da vassoura que sozinha me compreende para dizer a ti qual é a primeira?
Peça. Faça-me implorar da maneira mais singela. Exorcisa o que resta de paz em mim, bane o que há de bom no meu canto, desencanta as sombras em meu redor.
Suplico-te, não-bruxa: bruxa sê, tira-me da minha paz.
Tira-me, tira-me da minha paz.
Da minha paz. Tira-me, tira-me da minha paz.
Da minha paz, tira-me. Tira-me, da minha paz tira-me, tira-me.
Tira-me, tira-me da paz, minha paz. Tira-me, tira-me da minha paz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário