Não feches teus olhos - não invadas meus domínios!
Com as migalhas que achares, sova teu pão!
Com as libações que afanares, embebeda-te!
Com os olhares que roubares, satisfaze-te!
Não te queixes de noite - não perturbes meu sono!
Com as lágrimas que derrubares, banha os corpos!
Com as palavras que pesares, abençoa-te!
Com os sonhos que sonhares, consola-te!
Não te estranhes do rumo - não conheces meus olhos!
Com os feitos que deixares, alcança-me!
Com obras que questionares, realça-me!
Com lembranças que esqueceres, aviva-me!
Não feches as mãos nem cala a boca!
Fecha a boca e cala tuas mãos!
Abra teus olhos, viva de noite.
O rumo é estranho
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