Dizem-me "viva!", mas não estou morrendo.
Dizem-me "durma!", mas não tenho sono.
Querem que eu pare, mas não comecei.
Querem que eu continue - nem parei.
Comemoram (viva!) minha ignorância?
Ludibriam (durma!) minha atenção?
Paz insensata, querer dubitável.
Mesmice serena, vazio amável.
E vai-se a vida, viva, sem saber como,
e digo quieta, durma, à paz gritante.
Como quisesse dor enganado amor,
ou pedisse vivas, sonolento instante.
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