quinta-feira, 26 de novembro de 2009

::: Um texto e uma crise

Que dia para entrar em crise... Três trabalhos para entregar (mas antes tenho que começar a fazê-los...) e nenhuma vontade de fazer. Claro que não é a responsabilidade que me coloca em cheque. É ter que ser gente. Se eu voltar, será que posso ser bicho?
Gente muda demais. Muda o tempo todo. É uma coisa agora, depois já é outra, e por fim já não sabe mais o que é.
É a droga da crise. Não a crise econômica de que todos falam, que isso nao é crise, é alívio. Vai ver a crise realmente move a vida e é impossível existir em paz.

Bem, enquanto a crise não passa, o jeito é curtir as dúvidas. Individualidade é uma coisa tão boa, é ruim, mas é necessário, vê-la atacada. A gente é o que a gente defende, creio eu, então, se mudam nossos interesses ou se mudam nossas prioridades, mudamos por inteiro. Nossas idéias norteiam nossas ações e nossas ações nos constroem. E essa sinergia é tão fácil de ser quebrada ou controlada...

Enough.


::: Aquarela Dela (um texto antigo em um caderno novo)

Não que eu te ache um turbilhão de cores. Às vezes acho que você só tem duas.
Não vi as outras, é verdade, mas são do mesmo tom e não outra cores.
São tom da sua cor, bem como meu ódio é tom do meu amor. O verde claro é tom do verde escuro? Ou o verde odeia o outro verde e cada um é uma cor?
Quem é tom de quem? Meu ódio ou meu amor? Bem, não sei. Ambos rubros, ambos eu.
Bem, o que sei: o tom da sua cor é mais forte que o vermelho saturado do meu ódio.

Um comentário:

  1. Uma crise de identidade é pior que uma crise econômica mesmo.

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