para matar me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê."
-- Luís de Camões
Entendo perfeitamente bem. Compreendo o que aconteceu. Toda morte agoura uma nova vida, toda estação que se fecha está sendo seguida por outra.
E o sol para sempre seguirá nascendo toda vez que morrer quando começa a noite. Que dizer, então, quando o segundo sol chegar?
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